Monotonia alimentar, nutricídio e os malefícios das formulações industriais
Comer é, antes de tudo um ato social e por isso também um ato político!
Além de nos nutrir biologicamente, o ato de comer revela práticas de poder, privilégios, escolhas políticas, éticas,assim como também expressam as identidades dos grupos sociais, povos e civilizações. Já pensou em quantas e quais informações estão presentes ou ausentes no seu prato cotidianamente? E o que isso revela?
As respostas vindas dessas reflexões certamente irão se relacionar com o Sistema Alimentar hegemônico atual, que privilegia um modelo de produção, de consumo e de distribuição desigual e injusto e nos leva consequentemente a Monotonia Alimentar, que exclui de nossos pratos a biodiversidade e o preenche com alimentos ultraprocessados, com agrotóxicos, transgênicos, de baixo custo, de menor qualidade nutricional e forte apelo de marketing.
A Alimentação Saudável é negligenciada pelo poder público, mesmo sendo considerada um direito humano. Esse descaso sistemático, agravado pela pandemia do COVID-19, fortalece ainda mais o fenômeno do Nutricídio, já que a alimentação se relaciona com os fatores de letalidade do vírus como as doenças que integram o grupo de risco (hipertensão, diabetes e obesidade) sendo a população pobre e negra a mais atingida por esse processo, incluindo a população de áreas rurais e do norte-nordeste do país, afetadas pela insegurança alimentar (Pnad).
Torna-se urgente a discussão sobre as transformações no atual sistema alimentar para a construção de políticas públicas e opções pautadas em valores agroecológicos, de agricultura familiar que, da colheita até à cozinha, permitam que o alimento seja comestível, saudável, do ponto de vista biológico, nutricional, político e sociocultural.
É preciso saber o que se come e comer o que se sabe!
Material de apoio
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Torna-se urgente a discussão sobre as transformações no atual sistema alimentar para a construção de políticas públicas e opções pautadas em valores agroecológicos, de agricultura familiar que, da colheita até à cozinha, permitam que o alimento seja comestível, saudável, do ponto de vista biológico, nutricional, político e sociocultural.